Oiço amarguras alheias. Parece que o ex-namorado dele tem em sua casa um amigo que veio de longe, e que está a fazer com esse amigo tudo o que fazia antes com o ex-namorado; ora, o ex-namorado - o meu amigo - está só, e portanto desabafa, desabafa, não porque queria estar com o ex-namorado, ou com outra pessoa qualquer, mas porque não suporta estar só, quando sabe que, supostamente paralelo a si, outro não o está. Este melodrama patético da vida real é sempre muito divertido, e um pouco tocante também. O Douglas Sirk nunca lhe chegou aos pés. Nunca chegaria, nem que fizesse filmes até aos 90.