30.11.09

Pela manhã, mandaram-me uma SMS, que dizia «eu simplesmente sou». Eu nunca poderia ter escrito aquela mensagem, muito menos hoje, pelo que me soube bem, contactar com uma realidade tão longe, tão bonita, singela e desejável.
Hoje acordei e, na cama, pensei: «vou escrever!» Depois levantei-me e, desde então, efectivamente, escrevi. Notas, mails, posts, MSN. Escrevi muito, mas nada do que poderia, queria e deveria ter escrito. Força do hábito.
«Quero que não haja mentiras nenhumas entre nós», disse ele, mas mentia.
Um tipo anda com a cabeça em todo o lado, menos no que devia.
Se eu soubesse o que sei hoje, teria feito exactamente as mesmas merdas.

29.11.09

«You must be such a fool, to pass me by», canta ele, humildemente.
Ela disse «Monty, monta-me!», e tinha razão.

28.11.09

Afinal o anónimo, o que fez like do ante-antepenúltimo post, não era anónimo. É de chicha conhecida (mais ou menos), pelo que, dúvidas esclarecidas, deixo-lhe aqui um beijo na chicha, e a recomendação de que nunca desista.
Disse-me que se casava comigo.
Sempre achei que não seria do tipo casável.

24.11.09

Um anónimo fez like do penúltimo post, no Google Reader. Não gosto muito da ideia de ter anónimos a ler este blogue, mas prontos.
Canto com os Beatles: I want you, I want you so bad. Mas não sei para quem canto, sei lá eu, parece-me que quero um you qualquer. Em época de crise já se sabe como é.

23.11.09

Mas a única pessoa que me poderia dizer «és cruel» não me pode olhar directamente nos olhos, porque os dela são os meus.
Nesta música do Mickael Carreira, ele diz à tipa para, nas noites em que se sentir sozinha, chamar por ele. Tudo bem, é bonito, mas escusava era de adicionar que irá até ela nas asas do amor. É o seguinte: se me um tipo me dissesse «chama por mim, que vou ter contigo nas asas do amor», eu mandá-lo-ia para o caralho. Preferia estar só, a estar com um tipo desses.
Estou aqui a ouvir outra vez a canção do Mickael Carreira, pela primeira vez com atenção à letra. E o veredicto é que esta letra é, digamos, estúpida. Jesus, quanto cocó na cabeça tem esta gente. Não sou tipo dado a julgamentos, mas carambas.
Eu disse-lhe: «És delicioso.» Ele respondeu: «Dizes isso, mas de manhã nunca estás lá. Acordo sozinha.» E, foda-se, ele tem razão. Acordamos as duas sozinhas. E faz tanto frio, nos dias que correm.
Anseio o dia em que alguém olhe para mim directamente nos olhos e diga: «és cruel».

20.11.09

Sonhei que me perdia. Mas tinha que ser um sonho, porque na realidade é muito raro perder-me. Ando sempre com um mapa muito bem delineado na mão, e nunca me abandono. Já conheço tudo o que existe, porque sei que o meu mundo não estica para além disto.

19.11.09

Dói-me o rabinho, e não é de ter sido sodomizado.
Matar e morrer.

18.11.09

Um tipo de 38 anos desempregado (aka cheio de tempo livre) e sem namorada/o tem que ser peça defeituosa.
I suck, e não é cock.

15.11.09

Este blogue devia chamar-se «demasiado concentrado em mim».
Num puro engano, dei o link deste blogue a alguém e, por momentos, paniquei um pouco.
A música do homem mimado. Por estar demasiadamente concentrado em si próprio, não consegue aturar outro para além de si, bem como o outro não consegue aturá-lo. Daí que o mimado, embora possa não parecer, esteja sempre sozinho.

14.11.09

Ela disse-me, antes de partir, «ama-te».

13.11.09

Este não é um post metafórico. Estou com a náusea.
Só não tenho medo do medo, porque já tenho medo naturalmente. Não teria lógica temer o que já se tem. Teme-se o desconhecido.

9.11.09

Ele disse que tudo o que é fálico em mim é grande. Eu disse que não, que a minha alma não é fálica.
Tenho estado aqui a ouvir esta música do Mickael Carreira. Linda, linda. E o Mickael é bicha, e passivona. Acredita em mim.
Se queremos que alguém se aproxime de nós, temos que facilitar a aproximação. Parece claro, mas aparentemente não é.

3.11.09

Estou com imensas aftas. Não posso fazer bicos.

2.11.09

Fui repudiado cá com uma pinta!

1.11.09

Começou num post. Hoje perguntei-lhe se ele não terá cagado um pouco em mim. Ele respondeu que sim, que perdeu um pouco o interesse, que deixou de pensar em mim. E eu estou com ele, com a sua decisão, porque afinal eu não sou recomendável. E disse-lho. Mas também não é por isso que deixo de ser o repudiado, e de me sentir como tal.
Ele disse que me devia ter comido quando eu estive lá em casa, e eu disse «pois...»
Ela disse-me que ontem se lembrou imenso de mim, quando foi comprar lubrificante para uma amiga que fazia anos.