8.1.10

Experiência.

7.1.10

Sinto que estou prestes a perder um amigo, mas se um amigo se perde, é porque já não faz sentido, pelo que não estou aborrecido.
Tive que recusar um convite que até nem queria recusar. Livre arbítrio, o caralho.
Entro em 2010 doente e sem grande paciência para pessoas. Exceptua-se a única que me fez chazinho de tília, quando eu mais precisava: a minha mãe. Um beijinho.
No facebook, convidaram-me para o grupo "sem paciência para pessoas complicadas". Achei interessante, porque eu não tenho paciência para pessoas simples.
Frágil, amanhã de manhã vou estar tão frágil.

6.1.10

Tenho no MSN um contacto com o seguinte nome: "O rabinho serve para fazer cocó", e eu bem sei que ele gosta pouco, gosta.
Frágil, esta tarde estou tão frágil.

5.1.10

Frágil, esta noite estou tão frágil.
O meu coração bate mais rápido que o coração normal, mas isso não significa que eu esteja mais vivo.
Pela primeira vez na minha vida, vomitei sangue.
Afinal ainda não tinha vomitado o cházinho todo. Agora, duas sessões de vómitos depois, já posso desconfiar que sim, que foi todo.
Estou a tomar antibiótico e anti-inflamatório. Tenho náuseas e vómitos. Já vomitei, aliás. O cházinho foi todo pela sanita. E as dores nos rins. Que putas de dores são estas, Jesus?
Nem homo, nem hetero. Em 2010, sou autossexual.

4.1.10

Às meninas que descobriram que os 3 primeiros posts deste blog são comentáveis. EU NÃO SABIA! Foi uma surpresa, mesmo.
Amanhã acordarei e partirei para o hospital. Longe vão os tempos em que passava a vida em médicos. Não que hoje não tivesse razões para tal, apenas amoleci. Até à doença a espécie humana se habitua. Somos simply the best.
Por insistência de certas pessoas, e porque quero ver toda a gente feliz, adicionei um endereço de e-mail a este blog. Podes portanto endereçar-me tudo o que quiseres, menos insultos, que tu bem sabes como sou sensível.

3.1.10

Cada vez mais me convenço de que não conheço ninguém, o que me isola.
PostSecret. Há muitas pessoas que não gostam nada de falar comigo no MSN.
Nunca pensei sequer que este blog pudesse figurar numa qualquer lista de melhores, pelo que agradeço a referência (link).
"E o que é a alma?", perguntou ele, como se fosse aluno de filosofia muito bem aplicado.
Estou com a alma limpa, mas não chega ter a alma limpa, há que estar bem do corpo, também, e o meu corpo tem andado doente, pelo que o balanço não é ainda imensamente positivo, embora seja positivo, o que me deixa satisfeito, mas não tão satisfeito assim, porque o que eu queria mesmo era ter a alma limpa e o corpo limpo, e não estar como estou, incompletamente bem.
Andamos uma vida inteira em busca da purificação da alma, e quando ela chega, o corpo atraiçoa-nos. Mas é por isso que desistimos? Caralhos nos fodam se é!

2.1.10

Disse-me que sentia saudades minhas, mas acrescentou logo depois "mas palavras minhas, leva-as o vento".
Quando ando com dores de qualquer coisa, costumo esquecer-me de que provavelmente elas são passageiras e não me matarão.
Ele disse-me que não quer essa vida, a de acabar a noite sempre na cama dum tipo, em 2010.
Já eu, se a cama e o tipo forem quentinhos, não me importarei assim tanto.
Se eu pudesse negar a permissão para entrar neste blogue quem vem do blogue http://maria-manuela-blog.blogspot.com, bem que o fazia.
Uma das minhas máximas é: quando espias, deixa-te ser espiado.

Começar o ano com um passeio nocturno, junto da pessoa que amaríamos, caso não fosse do sexo oposto.

1.1.10

Não sabíamos onde ir. Combinámos ir até ao fim do mundo.
Entrei no novo ano a fazer ginástica.

31.12.09

As pessoas não são oportunidades.
Ele mandou-me beijos na barriga macia, como quem diz que sou gordo, flácido, e tenho uma grande pança.

30.12.09

Aproveitar bem o resto de 2009, para ser infeliz, que em 2010 não haverá tempo para tal. Tu sabes.
Porque se repetires muitas vezes, é verdade. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem. Sinto-me bem.

27.12.09

Custa saber que nunca teremos o corpo que gostaríamos de ter?
Eu disse que tipa X tem cara de rata. Ela concordou. "Mas não de rata vagina; de esgoto!", acrescentou.

26.12.09

Agrada-me loucamente, isto de separar o "agora" (fim de 2009) e o "resto da minha vida" (2010 and beyond). É tão natural, tão realista.
Ele disse-me que me prefere quando estou deprimido. Diz que já sou defensivo por natureza, e que, quando alegre, o nível sobe ainda mais.
Mas o que se passa não é isso, mas precisamente o contrário. Se alegre, não preciso de me defender. É uma espécie de síndrome super homem: nada me afecta, porque o meu super poder é a indiferença. Se me sinto bem, porque haveria de ser sensível ao que está fora? Quando alegre, sou auto-suficiente. Daí amar a boa-disposição. Não há nada como a auto-suficiência.

25.12.09

Ando a pensar se este medo do medo fará sentido na minha lista de objectos que permanecem em 2010. Já lá vão 225 posts de verdade. Para 2010 quero mentira.
Estou a ficar de caganeira. Natal uma vez, Natal sempre!
Começa hoje aquela semana fantasma, que dura até à passagem do ano.

23.12.09

Na noite passada tive uma epifania. Uma epifania tão boa, tão completa, tão extraordinária, que se não passar a viver melhor depois dela, não sei como tal poderia ser possível.
"Olá tia. Agradeço o teu presentinho, a minha mãe já mo deu. Bom Natal para vocês todos. Beijinhos."
Ando com demasiado ódio dentro de mim.
Em 2010 cultivarei o calculismo. Ninguém me tira da ideia que calculismo é o caminho.
Ser menos dependente; aumentar o elenco de personagem secundárias; nivelar melhor as coisas à volta; abrir-me, abrir-me, abrir-me.
Não vejas este blogue no Google Reader. Visita-o. É rosinha, tão bonito!

22.12.09

Nunca fui um bom panilas. Sei que nunca o serei. Todos sabemos muito bem que devia ter nascido assexual.
Ela disse: Quando um gajo tem as tripas na mão, é melhor olhar bem, a ver se são mesmo as nossas.
Às vezes, quando reconheço que sou uma má pessoa, sinto-me mais leve. O mero reconhecimento é essencial. É destrutivo, mentir a nós próprios. Muito mais que mentir ao outro. Entre um e outro, não tenho dúvidas quanto à escolha.